A qualidade do ar que respiramos em ambientes fechados influencia diretamente nossa saúde, bem-estar e produtividade. Em locais com alta circulação de pessoas — como clínicas, escolas e residências —, o ar-condicionado desempenha um papel crucial no conforto térmico, mas também pode ser um grande vilão quando a manutenção preventiva é negligenciada.
Neste artigo, vamos entender como filtros, renovação de ar e controle de umidade impactam a qualidade do ar interno e quais boas práticas podem garantir um ambiente mais saudável e eficiente.
1. Por que a qualidade do ar interno é tão importante?
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), passamos cerca de 90% do tempo em ambientes fechados. Por isso, a qualidade do ar interno (QAI) tornou-se um dos principais fatores relacionados à saúde respiratória, à fadiga mental e até ao desempenho cognitivo.
Em locais como clínicas e escolas, onde há grande concentração de pessoas, uma má qualidade do ar pode favorecer a disseminação de vírus, fungos e bactérias, além de causar desconfortos como:
- Irritação nos olhos, garganta e nariz;
- Crises alérgicas e respiratórias;
- Dores de cabeça e cansaço;
- Sensação de ar “pesado” e abafado.
Manter o sistema de climatização limpo e corretamente ajustado é o primeiro passo para evitar esses problemas.
2. O papel dos filtros na purificação do ar
Os filtros de ar são os principais responsáveis por reter partículas suspensas no ambiente — como poeira, pólen, mofo e microrganismos. No entanto, com o uso contínuo, eles acabam saturando e perdem eficiência, o que compromete diretamente a qualidade do ar.
Tipos de filtros mais utilizados:
- Filtro G1 a G4 (grossos): retêm partículas maiores, como poeira e fiapos.
- Filtro F5 a F9 (finos): capturam partículas menores e microrganismos.
- Filtro HEPA: de alta eficiência, indicado para ambientes que exigem ar extremamente puro, como laboratórios e clínicas médicas.
- Filtros de carvão ativado: ajudam a eliminar odores e gases contaminantes.
Consequências da falta de manutenção:
- Redução da eficiência do sistema de climatização;
- Aumento do consumo de energia elétrica;
- Recirculação de ar contaminado;
- Risco de proliferação de fungos e bactérias no equipamento.
Dica: A limpeza ou substituição dos filtros deve seguir o cronograma recomendado pelo fabricante e ser realizada por profissionais especializados.
3. Renovação de ar: essencial para ambientes saudáveis
Muitos acreditam que o ar-condicionado apenas “refrigera”, mas ele também precisa renovar o ar interno, substituindo parte do ar viciado por ar externo limpo. Essa renovação é fundamental para evitar a concentração de CO₂ e outros contaminantes.
Em clínicas e escolas
A falta de renovação de ar pode causar sintomas conhecidos como “Síndrome do Edifício Doente”, caracterizados por sonolência, dor de cabeça e irritação nas vias respiratórias. Isso acontece quando o ar interno é recirculado sem ventilação adequada, criando um ambiente com baixo teor de oxigênio.
Por isso, a instalação de sistemas de renovação de ar (como dutos com entrada de ar externo filtrado) é essencial para:
- Melhorar a oxigenação dos ambientes;
- Reduzir odores e agentes contaminantes;
- Evitar a propagação de doenças respiratórias.
Em residências
Mesmo em casa, a renovação de ar é importante. Ambientes constantemente fechados — especialmente quartos e escritórios — acumulam CO₂, umidade e micro-organismos, tornando o ar “pesado” e propenso a causar alergias.
4. Controle de umidade: equilíbrio que faz diferença
Outro fator essencial para a qualidade do ar interno é o controle da umidade relativa. Níveis muito altos (acima de 70%) favorecem o crescimento de mofo, fungos e ácaros, enquanto níveis muito baixos (abaixo de 30%) ressecam as vias respiratórias e aumentam a sensação de desconforto.
O ideal é manter a umidade entre 40% e 60%.
Como o ar-condicionado influencia nisso:
- Equipamentos sem manutenção tendem a drenar mal a água da condensação, elevando a umidade;
- A ausência de higienização das bandejas e serpentinas pode gerar pontos de mofo e proliferação bacteriana;
- O ajuste incorreto da temperatura pode ressecar demais o ambiente.
Soluções: ventilação natural e regulagem adequada do ar-condicionado ajuda a manter o equilíbrio da umidade.
5. Manutenção preventiva: o segredo do ar limpo e eficiente
A soma de todos esses fatores — filtros limpos, renovação constante e umidade equilibrada — só é possível com manutenção preventiva periódica. Essa prática garante não apenas ar de qualidade, mas também:
- Maior durabilidade dos equipamentos;
- Redução de custos com energia elétrica;
- Prevenção de falhas e paradas inesperadas;
- Conformidade com as normas da Anvisa e da ABNT (especialmente em clínicas e escolas).
A limpeza deve incluir:
- Higienização dos filtros, serpentinas e bandejas de condensado;
- Verificação da drenagem e do nível de gás refrigerante;
- Inspeção de dutos e grelhas de ventilação;
- Avaliação da taxa de renovação de ar.
6. A importância da conformidade com normas e regulamentações
Ambientes coletivos, como escolas, clínicas e hospitais, devem seguir as diretrizes da Portaria 3.523/GM e da Resolução RE nº 9/2003 da Anvisa, que determinam padrões mínimos de qualidade do ar em interiores climatizados de uso público e coletivo.
Essas normas exigem:
- Plano de manutenção, operação e controle (PMOC) atualizado;
- Controle microbiológico e físico-químico do ar;
- Registros de limpeza e trocas de componentes.
Cumprir essas exigências não é apenas uma questão técnica, mas também de segurança sanitária e responsabilidade social.
Um investimento em saúde e bem-estar
Garantir a qualidade do ar interno não é apenas uma exigência técnica, mas uma decisão estratégica que protege pessoas, equipamentos e a imagem da sua instituição.
Ambientes bem ventilados, com filtros limpos e controle de umidade adequado, oferecem mais conforto, reduzem riscos à saúde e elevam o padrão de higiene percebido por todos que frequentam o local.
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